Roda viva. Vira e volta!
A vida e a escola são realmente duas rodas vivas. Tudo gira e volta Volta e meia e meia volta. Impressionante!
Quando pensamos já ter esgotado um assunto, lá está ele de volta, mordendo nossa orelha.
Quando achamos que já demos nossa cota de sacrifício, ainda tem uma última (ou penúltima) gota de sangue a ser extraída. Dureza!
Engana-se quem pensa que alguém neste mundo ganha melzinho na chupeta.
Tudo gira e para cada ação temos uma reação. Lei infalível!
Nosso trabalho nas escolas é sempre igual: a luta para fazer com que os meninos se dediquem mais aos estudos, que prestem atenção às aulas e às explicações dos professores e que se comportem bem. Roda a roda!
Nossa ideia de bom comportamento é para eles simplesmente um cajado da idade da Pedra. Acham que não fazem nada de mal. Pensam que são jovens e assim é que devem agir. Empurram a vida ladeira abaixo, jogando pelos cantos as oportunidades de crescimento e aprendizado que encontram de forma tão generosa nos dias atuais.
A verdade é que temos em nossa cabeça a escola ideal e o aluno ideal. Esses são frutos prodigiosos de nossa mente criativa e enganadora. Queremos o aluno que imaginamos existir, mas na realidade temos à frente crianças e jovens reais que relutam em aceitar o que vem de adultos metidos a sabe tudo.
Temos batalhado bastante para impor o respeito como valor principal dentro e fora da escola. Fica muito difícil essa tarefa, porque, infelizmente nossa sociedade tem exemplos fartos de desrespeito em todos os âmbitos. Nossos alunos são bombardeados com atos e atitudes que cada vez mais derivam da Lei de Gerson: levar vantagem em tudo, passar a perna, ludibriar e sair assobiando feliz com as mãos nos bolsos.
Transportando para a escola toda essa gama tóxica de péssimos exemplos, nossos meninos não têm modelos apropriados para terem um comportamento melhor.
Sobra para os educadores o desafio supremo de gastar a saliva e tentar com exemplos diversos a formação de um alunado melhor que está sempre aquém do que necessitamos.
Nem bem começou o ano e já estamos lidando com os mesmos problemas que nos vem assombrando anos a fio.
É a roda viva que mencionei no começo desta crônica.
Haja vitamina e bênçãos divinas na nossa tarefa de construir uma sociedade melhor!
Não vamos desanimar! Nossa meninada merece sempre nosso esforço!
Sonia Regina P. G. Pinheiro