A pandemia e seus efeitos nocivos à educação escolar
A pergunta que não quer calar, principalmente aos que se preocupam com nossos jovens e crianças é: qual será a extensão do prejuízo que a pandemia trará ao desenvolvimento escolar de nossos alunos? Difícil prever, mas que haverá uma grande perda, isso não se discute e nem se questiona!
São praticamente dois anos de ensino totalmente diferente do que nossos queridos tinham; paralisação de atividades, aulas virtuais gravadas, aulas virtuais interativas, problemas com sinal de internet, ausência de instrumento para acessar a rede dentre tantos outros.
Se já é difícil granjear a atenção e a concentração do nosso alunado nas aulas presenciais, imagine como a banda toca quando essa aula é feita por uma tela de computador ou celular!
Com essas e mais aquelas, nossos meninos, em sua maioria, ficaram relegados à própria sorte. Alguns, mais afortunados, após as aulas, se plantam na frente das telinhas dos televisores e computadores, gastando o tempo ocioso em jogos, filmes, séries e outros tantos encantamentos que esses aparelhos trazem para dentro de nossas casas.
Outros, menos agraciados, ficaram ao dispor daquilo com que podem passa o tempo, sem, contudo, provar da alegria que outrora banhava seus interiores!
Temos imensas dúvidas do quanto nossa garotada ficará prejudicada com o afastamento da real condição de aluno. Uma aula presencial é realmente um momento mágico e irrecuperável. O contato professor aluno e aluno/aluno é um fermento de poder multiplicador e a troca de conhecimento entre os pares, bem como a convivência, é sublime.
Não há remédio e nem milagre que consiga repor rapidamente o que ficar pelo caminho; conteúdos importantes, informações preciosas, dicas, leituras, explicações de pontos de maior complexidade…
A verdade é que os pais devem estar atentos e prover aos seus meninos trabalhos extra nessa fase que ainda deve se arrastar por mais um tempo: refazer exercícios que são exigidos durante as aulas, oferecer leituras diversas de acordo com a faixa etária, promover jogos que enfoquem concentração, atenção e memória, enfim não deixar a mente dos garotos ociosa, vagando pelo que não faz crescer, nem edifica.
É um trabalho extra para a família, mas que pode auxiliar um pouco na manutenção das capacidades educacionais dos filhos.
Infelizmente em todos os sentidos, nada será como antes, porém podem ser minimizados os danos se todos nos prontificarmos a auxiliar cada um de nossos meninos dentro de nossas esferas de atuação: educadores e familiares!
Sonia Regina P. G. Pinheiro