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Escola e democracia. Desejo ou sonho?

20 | 05 | 2016
Fala Diretora
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Escola e democracia. Desejo ou sonho?

O que é que pode ser entender como democracia na escola? Penso e não tenho resposta!
Na semana passada uma mãe de nossos alunos disse que nossa escola não é democrática e não se afina com sua ideia de educação. Disse ainda que o filho estuda conosco por causa de seus amigos, pois por ela, ele já estaria em uma escola realmente democrática!
Comecei a refletir sobre as ideias de escola e de educação atuais! Como pode uma escola agir como certas famílias e dar voz e vez às crianças e adolescentes, tendo objetivos comuns a atingir? Mistério!
Essa senhora se queixa que o professor “pega no pé” do filho, porque o seu filho não faz as lições me casa e de classe! Disse que os professores chamam a atenção de seu menino diversas vezes
durante as aulas porque ele está conversando com colegas. Dureza!
Estamos vivendo uma situação de inversão de papéis ao que me parece: os pais, como essa senhora, querendo que os professores ajam com seus filhos com leniência, que os deixem fazer o que quiserem e como quiserem. Possível?
Infelizmente devo desagradá-la profundamente, pois meu conceito de democracia é muito diferente! Escola tem que ter regras e regras bem inflexíveis no que diz respeito ao aprendizado do aluno e a sua preparação para a cidadania.
Professor tem que cobrar tarefas. Pais têm que cobrar seus filhos também!
Professor tem que reportar às famílias se seus filhos não estão cumprindo de forma adequada os procedimentos de aprendizagem. Correto!
Crianças e jovens devem ser cobrados e admoestados quando não estiverem agindo de maneira adequada. Ponto pacífico!
Temos avançado bastante quanto às mudanças possíveis dentro do contexto escolar, com as quais os alunos têm direitos enormes de manifestação, de voz e de vez, porém tudo dentro de um contexto que mire bom ensino e boa aprendizagem.
Lembro-me de outros tempos, nos quais nosso direito como aluno era ficar quieto e calado! Tempo árido da mordaça educacional. Muitas vezes não tínhamos nem coragem de olhar nos olhos de nossos professores. A treva!
Se vivemos um tempo de transição, temos que ter cuidado e juízo para que as situações não pulem de um polo a outro.
Continuamos nossa tarefa hercúlea de educar nossos garotos com firmeza e ternura. Continuamos a exercê-la com alegria e tenacidade, como tem que ser. Hoje os meninos bradam, amanhã nos agradecem. É assim! Simples. Muito simples!

Drª Sonia Regina P. G. Pinheiro