Quem respeita o direito do outro? E a escola, o que tem com isso?
Um fenômeno curioso vem se apresentando em vários locais públicos de nossa cidade: o crescimento vertiginoso de idosos e de deficientes! Impressionante!
Todas as vagas para idosos e deficientes são preenchidas nos estacionamentos de shoppings e supermercados! Os assentos reservados a eles, nos veículos coletivos, também são tomados rapidamente!
Qual será o motivo para tal constatação!?
No entanto, não é preciso ser Sherlock Holmes para descobrir que boa parte dos ocupantes dessas vagas não deveriam tomá-las, mas os fazem sem nenhum drama de consciência.
Essa tendência à cara de pau explícita grassa em nossa sociedade e se multiplica em muitos outros casos. Verdade!
Há sempre quem se preocupe e até se irrite diante dessas situações.
Pobre de quem ousar chamar a atenção dos que, sem nenhum direito, se apoderam do direito alheio! Poderá ser achincalhado ou receber um dar de ombros!
Os pais que assim procedem, tomando lugar que não deveriam, tendo seus filhos pequenos ao lado, estão fazendo um desserviço à educação cidadã: a criança aprende com um mau exemplo muito mais do que com palavras.
Recorro a minha fé na família como educadora. Na casa e fora dela, os familiares devem aproveitar todas as oportunidades para falar aos pequenos da necessidade do cumprimento de regras a fim de que nossa sociedade se estruture de forma a contemplar o bem-estar de todos.
Também na escola essas orientações devem ser transmitidas e fazerem parte do chamado currículo oculto.
Na escolha dos livros de leitura, nos conselhos, nas correções de conduta, no estabelecimento de normas de comportamento para a sala de aula e demais dependências da escola, o viver cidadão deve ser sempre o alvo dos educadores.
Sabemos que nossa moçada é bastante refratária ao cumprimento de regras e normas. Mesmo assim, não podemos esmorecer. São eles o futuro. Nesses depositamos esperança de tempos melhores.
Portanto, que nossa prática nos leve a orientar as novas gerações sobre valores importantes.
O respeito,que tanta falta tem feito nas relações entre pessoas, deve ser o principal alvo de motivação para que os professores se esmerem em mostrar sua importância aos meninos.
Se houver respeito como valor principal, poderemos pensar numa sociedade mais justa, mais equilibrada e em cidadãos que saibam escolher o que é bom não só para si, mas para a coletividade!
SoniaR P G Pinheiro